PASSAGEM...
Participou de um fato...
Não questionou no ato...
Pensou ser artefato...
Numa cena de teatro.
Todos se falavam...
Num silêncio sepulcral...
Pensando ser o falar...
Um ato anormal.
E seguia em frente...
Esperando por mais...
Não pensava ser o instante...
Finito por demais.
Aquilo que via da vida...
Seguia um ponto plano...
Assim ficou sem saber...
Na vida de abandono.
E ao olhar para o lado...
Encontrava um outro olhar...
Que nada conseguia exprimir...
A não ser se calar.
Como poderia ser...
Sendo sem ter estado...
O tempo passava num grito...
No lapso do dia marcado.
Aquilo que poderia fazer...
Ficou no tempo deixado...
Visto ser aquele instante...
Marcas do dia ignorado.
Mas sempre há uma travessa...
Que corta a linha ao meio...
Resolveu viver a vida...
Sem dúvidas ou receio.
Propôs um grito calado...
Que ressoasse no silêncio...
Gritou sem ser ouvido...
Seu mundo em suspenso.
Encontrou no fim da linha...
Um arco redondo e fosco...
Era seu mundo finito...
Caído no fundo do poço.
Não houve saída ou meio...
Que resolvesse o dilema...
Melhor aceitar o fato...
Sem criar maior problema.
Findou seu dia finito...
Do tempo hoje nefasto...
Logrou seu dia funesto...
Agora no tempo vasto.