Poema rascunhado em guardanapo de papel

O poeta ateu rezou sim.
Por que não?
Avassalado pela dor,
pela cegueira,
pelo sofrimento do corpo e da alma
e diante da morte iminente,
rezou.
E pediu : "Segure a minha mão."

Pessoas de carne e osso,
nesses momentos,
anseiam por protetores,
necessitam ter esperança.
Era gente, afinal !
Rezou...
E ponto final !