Os Cinza- Versos, de um Sujeito Indetrminado
Os Cinza-Versos, de um Sujeito Indeterminado
(Alex Louzada)
Vinha caminhando pela rua, quando no meio da própria,
Uma pessoa me viu e assobiou
Não era uma menina, sequer havia sombras
Era apenas um alcance, um freelance de outros tempos
Não era identificada por gênero, isso me aliviou é verdade
A menina desse texto, já havia se mudado
De fato de quem era esse assobio, Não sei se do João ou da Zezé
O Personagem principal dessa historia, eu ainda não sei quem é
Afinal o assovio, era de algum sujeito indeterminado
Como eu falei lá atrás, ele havia se mudado
Mudou-se através dos gêneros, das caras e dos corações
Moveram-se em pensamentos, todos em forma de razões
De repente as máscaras caíram, os sujeitos se indeterminaram
E passaram a exercer em nós, um papel imaginário
E eu que conhecia tal sujeito
Tão rápido se modificou
Ao alcançar tais objetivos
Daqueles que tanto sonhou
Outro assobio escuto, bem no meio da outra linha
Era a margem que faltava pra eu seguir pra aquela trilha
Descarrilhou, Descarrilhou, meu trem agora assobia
Um trem é mais forte que dois, tão fácil fica esse enigma
Quanta mentira crucial e eu falando nas entrelinhas
Dois, nunca será mais forte que um, se esse um é o que respira
Ao pirar meus fundamentos, cair na velha armadilha
Obscureci minhas poesias mas saí das artimanhas
Dei luz pra minha vida, e o vento levou o resto
Que se esconde nas manhãs frias, paulistanas, de cinza-versos.