Eu - Fragmentada

Opero as emoções

Com cal e pedras duras

Cavando um buraco subterrâneo

Para que a sete palmos eu mesma me enterre.

Não consigo romantizar a vida.

Não posso escrever sobre amizade,

Natureza, aurora ou coisas similares.

Isto não é de mim. Jamais.

Debulho fome, dor, solidão...

Pentes que já acariciam uma calvície

Vazia de emoções eternas.

Sou nada,

Na instancia que tudo sou

Porém, a controvérsia do mundo

Me forma numa completa acentuação

De pessoa sã.

Vago...

Milhas terrenas,

Batendo ao solo, solas de pés honrosos

E não há vergonha em minhas derrotas,

Pois toda perda acumulada

Foi uma poesia a mais escrita.

Mvitoria
Enviado por Mvitoria em 31/03/2017
Código do texto: T5957189
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