FACE SUJA - Poesia nº 61 do meu quarto livro "ECLIPSE"
Onde estás, face horrorosa e suja do passado,
Quando me entraste por dentro a me prender?
Agora já não adianta você querer se esconder,
Minha moral companheira deixou-lhe o recado:
Vós caístes num buraco de miséria e pecados!
Dar-te-ei como coberta a lápide fria, penitente,
Com as negras letras num mármore esculpido.
Que fiquem os teus males, na pedra, cravados,
Pagando seus erros em castigo, eternamente!
Então, eu lhe enterrarei e remorsos não terei.
Me limpo de ti, me afasto de ti, morra sozinha
Porque em verdade, nunca foste a alma minha.
Nem naquela verdadeira hora do meu defeito,
Mesmo que assim, você lá por dentro de mim
Tivesse só por um fraco instante, se apossado.
Será seu fim e, eu estarei em paz no meu leito!
(Aos erros da nossa vida)
Eduardo Eugênio Batista
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