Leio textos.
Leio palavras.
Leio sentimentos.

Leio livros.
Leio almas.
Leio espíritos.

Leio caminhos.
Leio passos.
Leio ritmos.

Leio o palpável.
Leio o abstrato.
Leio o infinito.

Nas sílabas da elipse.
Na interseção do eclipse.
No luar que dissemina poesia.
No lirismo do pôr do sol.


Deitam-se significados.
Copulam significantes.
Multiplicam-se signos.
Que se redimensionam.

Ganham espaço, perdem tempo.
Ganham história, perdem espaço.
Abrigam-se nas saudades.
Na memória.
No vento dos pensamentos.

No momento silente da leitura.
Na lavra intermitente do pensamento.
Na intimidade da palavra,
dos sentidos intrínsecos que penetram fundo.
Profundamente.
Até o entendimento mágico e único.
Até a hipnose fatal da leitura.
Leio e sou lida, simultaneamente,
pelas entranhas a dentro
até a última linha.
Quando a compreensão
me transforma em pleno,
mas, ainda ávido por mais outra 
leitura.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 23/03/2017
Reeditado em 23/03/2017
Código do texto: T5950074
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