Estranho Mistério

Ah!

Mistério insensato da morte e da vida,

que me espia de perto, que segue meus passos.

Que me carrega nos braços. Que unge meu corpo com óleo de mirra,

depois me repousa na brandura noturna da relva do campo,

sob o Céu de estrela e tantos encantos...,

sem os quais não consigo viver!

Ah!

Estranho mistério,

que me olha com tanta ternura!

Que em dias festivos ri ao meu lado.

Que me conta antigos segredos, que me aperta no peito,

que me beija nos lábios, que me seduz e me deixa sem jeito.

Depois, com profunda tristeza, me fere no escuro leito,

murmurando enigmáticas estranhas belas palavras,

que por mais que eu queira...,

não consigo entender.

Ah!

Enigmático mistério de tantas quimeras,

que sob o compasso indomável do tempo, pouco revela.

Por vezes, afirma em breves palavras, que surge de um supro,

do nada e em nada, um lamento, um riso, um encanto,

um sonho, tudo transforma...,

sem nada esquecer!

Jaíres Rocha
Enviado por Jaíres Rocha em 23/03/2017
Reeditado em 30/03/2017
Código do texto: T5949988
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