Tempo Inacabado

Tempo Inacabado

Passado, tempo perdido no sonho,

idade da inocência adquirida,

resvalou por mim vertiginosamente.

Presente, tempo feito do medonho,

do sobressalto nocturno vivido

ao dia estéril em vazio da mente.

Futuros são sóis de hojes adiados

por mais uns ontens feitos amanhãs,

mero sucedâneo de horas passivas.

Roem, vorazes, ideias altivas,

as rotinas das noites em manhãs,

amas dum universo entrelaçado.

Minutos são espinhos afiados

que, cruéis, em mim penetram bem fundo,

ignorando meus gritos desvairados

por ti perdida, por aí, neste mundo.

Segundos, fontes estéreis, sem água

que me dessedente deste ardor.

São instrumentos que torturam a mágoa

sem mais lágrimas passíveis de dor.

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 23/03/2017
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