_ Carne podre _
Maquiaram a carne podre
Quando o boi morreu na estrada!...
De calor... de sede e fome...
Indo à empresa iministrada!
E a população, prostrada,
Come a carne envenenada —
Até os ossos do Free boi!
Ao engendrarem outros abates,
Passam u’as tintas escarlates
— Adornando o inobre boi!
“Nem por Deus, não me arrependo,
Ao enfeitar — carne estragada!
Quem se importa?, estão comendo
As alcatras segregadas!
Que se expluda a humanidade,
Sem a menor prosperidade
Na Cultura e Educação!
Mas o imposto é um pé no saco!...
Dou propina ao fiscal braco
— Parte da negociação!”
“Se o Brasil não tem dinheiro
P’ra importar carne enlatada...
Vou fazer com que o doleiro
Permaneça no Alvorada!
Pondo o preço à Europa e China,
Mais barato que a Argentina,
Sem oferenda e culto a Deus!
Que prazer, que vos engano...
Qual sermão, no Vaticano —
Estiolando os vossos Eus!”
“Hoje, eu uso um gravador,
Sem temer qualquer político;
Desde o estúpido vereador —
Que é o pior dos vis somíticos!
Quando chega à presidência,
Mostra u’a mórbida ambivalência,
Pondo imposto aos brasileiros!
Já comprei alguns ministros,
E uns juízes — tão sinistros...
Que extorquiram os açougueiros!”
Pacco