TERRA DE NINGUÉM - Poesia nº 49 do meu quarto livro "ECLIPSE"

O que pensas? Só porque aqui tu habitas,

Não te descortinariam dentre os inocentes?

A sina, que tu pedes, sem que seja maldita,

São os vossos olhos medrosos e descrentes!

A vida, em verdade, na passagem gloriosa

É semente que germina e em si, apodrece!

O que pedires a Deus sem prece ardorosa,

Por seu legado do nada, tudo se esquece!

Eu vos digo em voz alta e soberanamente:

Que por primeiro dás teu valor loucamente

Às pueris razões - e não a sua fé espiritual.

E entre o fim, qualquer escolha tem nome:

Dentro da própria carcaça que te consome,

É somente um “corpo” enterrado em ritual!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 19/03/2017
Código do texto: T5945367
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