Seja

Ser amor, quando o ódio invadir

Ser perdão, quando o rancor persistir

Ser encanto, quando em cada canto

Existir somente um canto

Totalmente, vazio e sem rima

Onde nota-se indivíduo em prantos

Ser paz, quando intolerância cobrar

Ser emoção, quando só a razão predominar

Ser paixão, quando em um verso em vão

Gritar, em voz alta, que a vida

É bela, somente, para quem é poeta

E insinuar, pretensiosamente, a aberração

Ser carinho, quando o coração for pedra

Ser escrivaninha, ao notar a beleza das letras

Ser humano, quando no mais cruel engano

Acusarem-te, na pura ignorância, insano

E mostrar que, dentro de um corpo, há

Sempre, um consciente "entretanto"

Mariane Amaral
Enviado por Mariane Amaral em 18/03/2017
Reeditado em 18/05/2019
Código do texto: T5944451
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