Sou Mar

Sou Mar

Sou mar que te atrai bramindo

em ondas revoltas que morrem

na areia de teu corpo dourado,

em espuma branda que te afaga.

Sou esse mar de muitos abismos,

povoado de monstros imaginários,

de sereias encantadas e tritões,

que temes, mas amas e te abeiras.

Sou mar calmo beijando-te os pés,

num convite mesurado de frescura,

que envolve o teu corpo em fogo

de perene paixão nutrida de amor.

Sou mar bravo, batido pelo vento

que ousa vil, de ti, enamorar-se,

envolvendo-te nos braços rudes

e ciciando-te melodias de engano.

Sou mar onde navegas sem rumo certo,

em escaler de dúvidas e incertezas,

que fazem temer-me e, de mim, fugir

do sonho tranquilo ao pesadelo infiel.

Mas sou mar que te deseja, ferozmente,

te ama ciosamente, e te protege viril,

e, em meu trono, te senta e te coroa de

pérolas, minha princesa do infinito

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 16/03/2017
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