POLUIÇÃO SONORA MATA?
“Basta uma noite de insônia
Um sonho que não tem fim
Um filme sem muita graça
Uma praça sem muito sol”.
Uma tarde de sábado
Ouvindo o que não se quer
Sem luz em seu recinto
Forçando aquele cinto
Que te prende à loucura
E não te deixa esvair-se.
Não bastam tantas besteiras
Não calam as vozes chatas
Que perturbam o ambiente
Na maior poluição sonora,
Por isso não basta querer ter paz
É preciso fugir do meio citadino
Para ter-se um sono bom
E não ser mais um esquizofrênico
A procura de psiquiatra!
A esquizofrenia citadina
Carrega-nos pelas mãos
Rumo ao abismo infernal
Que não tem psiquiatria que cura,
Além de nos despir
Da melhor de nossas faces,
Aquela da tranquilidade maior
Que nos propicia viver dignamente
E espantar os males
A qualquer hora do dia.
Os algozes gostam de arruaça
Fazem seus sons eletrônicos virarem fumaça
Poluindo todo o meio ambiente
E matando a calma que existe na gente
E ainda nos chamando de indecente
Só porque gostamos de algo tão bom
Que em podemos usufruir,
Tamanho barulho existente aqui.
- Eu só queria ouvir a voz do silêncio
E o cantar dos pássaros!
Sonho tão simples,
Mas difícil de realizar
Neste mundo egoístico
Capaz de nos matar!
Araguaína – TO, 2016.