Desencontros
Por que será que é preciso
Sufocar o pulsar da alegria
Aninhar-se na amarga dor
Desligar-se da serenidade
Ocultar de vez a felicidade
Caminhar solitário nas ruas
Se perder como o sol da lua.
Por que será que é preciso
Sorver o fel das vãs palavras
Digerir a revelia os espinhos
Navegar no oceano incerto
De repente se ver solitário
Provar o horrendo calvário
Banhar o rosto de lágrimas.
Por que será que os poetas
Esquecem as portas abertas
De suas almas sonhadoras
Para súbito naufragarem
Os seus frágeis corações
Transbordantes de amor
No escuro oceano da dor.
A busca se revela eterna
Os poetas jamais morrem
Ainda que provem a dor
Altivos acreditam na luz
A cintilar na caminhada
Independente da agonia,
Do pranto ou da nostalgia.
Por que será que é preciso
Sufocar o pulsar da alegria
Aninhar-se na amarga dor
Desligar-se da serenidade
Ocultar de vez a felicidade
Caminhar solitário nas ruas
Se perder como o sol da lua.
Por que será que é preciso
Sorver o fel das vãs palavras
Digerir a revelia os espinhos
Navegar no oceano incerto
De repente se ver solitário
Provar o horrendo calvário
Banhar o rosto de lágrimas.
Por que será que os poetas
Esquecem as portas abertas
De suas almas sonhadoras
Para súbito naufragarem
Os seus frágeis corações
Transbordantes de amor
No escuro oceano da dor.
A busca se revela eterna
Os poetas jamais morrem
Ainda que provem a dor
Altivos acreditam na luz
A cintilar na caminhada
Independente da agonia,
Do pranto ou da nostalgia.