desfaço-me
Vago,
pensando no que um dia fui.
Amargo,
caindo no rio onde a solidão flui.
Procuro,
cada pedaço meu.
Escuro,
era o lugar onde se perdeu.
Sou,
apenas fragmentos do que era.
Estou,
deixando essa atmosfera.
Partindo,
para o vazio do espaço.
Sumindo,
em meio ao silêncio que faço.
Torno-me um inexistente
filho do vazio,
resquício de um ser uma vez existente
que agora sumiu.
Refaço-me novo ser
e desfaço-me do que fui,
dando-me um segundo nascer.