desfaço-me

Vago,

pensando no que um dia fui.

Amargo,

caindo no rio onde a solidão flui.

Procuro,

cada pedaço meu.

Escuro,

era o lugar onde se perdeu.

Sou,

apenas fragmentos do que era.

Estou,

deixando essa atmosfera.

Partindo,

para o vazio do espaço.

Sumindo,

em meio ao silêncio que faço.

Torno-me um inexistente

filho do vazio,

resquício de um ser uma vez existente

que agora sumiu.

Refaço-me novo ser

e desfaço-me do que fui,

dando-me um segundo nascer.

R J Ferreira
Enviado por R J Ferreira em 15/03/2017
Reeditado em 15/03/2017
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