REVOLUÇÃO
Carros que se deparam com fronteiras,
E o destino é um mistério e quem sabe exista algo a mais,
E sobre as hastes mil bandeiras,
Sem poder ascender os sonhos de uma terra estéril.
Revolução é caminhar por sobre os muros,
E reerguer do sangue de um holocausto,
Onde o puro era a sombra que tentava os meios legitimar,
Em uma razão luciferiana aplaudida por uma plateia má.
Revolução é contrariar todo um câncer no sistema,
Envenenado de egoísmo onde o fraco é engolido,
E ser forte representa roubar em um jogo,
Onde inocentes pagam por sua honestidade.
Vozes que incomodam o rei da corte,
Gritos de toda a plebe que com fome está,
E sonha distante dos travesseiros brancos,
Pois até os porcos encontraram mais dignidade.
Lutar é o labirinto sem saída que entramos,
Parece que o sol queima toda planta boa que floresce aqui,
E a praga mantem sua raiz, de um passado errado,
Que não vê o próprio mal, e insiste em crescer.
Acorda agora, enfrenta,
A corda estoura nas mãos fracas,
A cor da luta é sangue,
Acorda, a humanidade não pode asfixiar na hipocrisia.