TÃO JOVENS
Tantos sonhos jogados ao vento
Tanta vontade louca de vencer
Um sorriso em desalento
Um desalento a empalidecer
Parece até pura verdade
Estampada nos olhos tristes
Verificando a realidade
Única esperança que ainda existe
O ar totalmente poluído
Da mais pura ignorância
Por isto o que tenho sentido
É uma avalanche de tópicos medíocres
Que vem toda embalada
Em discursos que parecem mirabolantes...
Eles parecem saber de tudo
Sem ler, sem estudar,
Apenas vendo seu mundo
Através da lente de um celular
Juram que anotar o que há
É coisa do passado
E quem anota algo é jurássico,
Além de ser um belo “quadrado”!
Mundos diferentes
Posições opostas no pensar
Tudo fica além do horizonte
Pois só aprende falar
Que um dia parou para escutar
Mas seus ouvidos não têm tempo
Para ouvir nada de ninguém
Por isto são desatentos,
Ignóbeis, imbecis, arrogantes;
Como ninguém!
Não lutam por nada.
Não querem transformar o mundo.
Não possuem objetivos traçados,
Apenas vive o momento presente
Sem futuro e sem passado
E ainda se acham muito espertos
Criando seus desertos
Em desarmonia com a arte de verdade
São manipulados pela falsidade
E não quer ouvir conselhos de quem sabe algo
Capaz de mudar esta realidade!