Delinquente...

Morro no meu verso
Sem alma, e sem pudor
Rogada sem prece, sem lamento
Me esvaziando na dor.
E deixo-me sangrar...
Desnuda no vazio, com esse
Tédio entrelaçado em mim. Pois
Nesse palco da vida, eu sei... que
Ódios e amores se consagram
Em duelos se aprazem
Como fonte de prazeres...
Quando o mais forte brada...
Esmaga, mata, e corrompe
O melhor dos sentimentos.
Que existe no outro.
Assim, eu morro na tua vida
Sem traço, sem verso, feito
Uma delinquente das calçadas
Embora, sussurrando o teu nome
Mas condenada ao silêncio,
Pelo desmerecimento do meu
Sublimado amor