Sem confete e purpurina
Não quero confetes, nem purpurinas,
E nem quero o brilho, das fantasias;
Não gosto disso adentrando a narina,
Nem rebuliço, vai me dando uma azia.
Enjoo só de imaginar, esse frevo, fervo,
Em todo lugar, empurra, empurra, fora;
Estou fora, vou me embora, meus nervos,
Não são de aço, vou me interiorizar, agora.
Pelas ruas do pensamento, vou festar e só,
Não ouvirei o agito da multidão, nem o pó;
Que levanta do chão; confesso, carnaval...
Não gosto, pra essa festa, não dou meu aval.