As palavras estão trancadas
aprisionadas em cadeados
embaraçados
os elos rijos
movimentam-se apenas
no balançar do ritmo
do fraco coração
lerdo lento
que não se sobressalta mais
há lágrimas que desencadeiam saudades
fios invisíveis
traçam o tamanho das distâncias
laços inquebrantáveis
delineiam vultos
e as ausências prosseguem confinadas
as palavras estão tatuadas nas vigas
na figura desbotada
que come
ri
anda
dorme
faz que vive
é quase fantasma
sem forças para libertar-se.

Imagem Google.

 
Soninha Porto Flor
Enviado por Soninha Porto Flor em 21/02/2017
Reeditado em 18/05/2020
Código do texto: T5919687
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