A interpretação das fantasias.
Havia um tempo que tudo era possível.
Agora já não é mais.
A metáfora superou a cognição.
Um instante em que o medo era inferior à ilusão.
O que reina nesse momento é alienação fantasiada.
O que deve ser imaginado o sonho descabido.
A imbecilidade venceu os sonhos.
Perdição da ignorância.
Ainda era possível desejar a interpretação.
À vontade do domínio aos poucos mortificado.
O que devo dizer a reflexão mitigada.
Identidades diversas não substancializadas.
Acidentalidades complexas.
Ideologias desviadas.
Qual é a significação da vida, a destruição dos trilhos.
A sombra do movimento das montanhas.
Qual a grande profecia.
O sol perdendo seu brilho.
Os últimos sinais.
As utopias magnânimas.
Sendo o tempo imponderável.
A escolha premeditada, não seria mais possível.
A última opção solitariamente as curvas.
Sem saber que o espaço tinha formato de um cone.
A força dos eixos perpendiculares.
A produção da cor, a significação dos tamanhos.
A noite mais intensa que a energia do hidrogênio.
O que devo dizer a distância do entendimento.
A intensidade reservada a cada passo.
Como se a orla fosse a grande descoberta.
Entretanto, sons perdidos as moléculas do vento.
Produto da anti-matéria.
Como predileção inspiratória do futuro.
Desarticulado as significações do presente.
Mundo torvo, perspectivado aos olhares turbados.
Os dizeres instrumentais das fantasias intermináveis.
Aos dias constitutivos da malandragem.
Loucuras da cognição instrumentalizada.
Edjar Dias de Vasconcelos.