Debaixo do sol
Debaixo do sol
Os dias correm lentos aos sinais de cansaço.
O sol se levanta e se põe e depressa
volta ao mesmo lugar de onde se levanta.
O vento segue determinada direção, rodopia
e retoma o seu curso, sem nenhum aviso.
Os rios deslizam suas águas em direção
ao mar sem que esse se encha.
E ainda que sempre corram para lá,
para lá voltam a correr.
Gerações vão e vem e a terra permanece.
Os olhos não se saciam de ver
nem os ouvidos de ouvir.
Debaixo do sol o homem derrama a sua
humanidade marcada pela monotonia.
Acima do sol, uma outra vida. Presente Divino.
Não há o que pensar os anos a serem vividos.
Deus o mantem ocupado com a alegria do coração
e o homem encontra a razão da existência
à sombra do Onipotente, onde descansa.