Plantei tâmaras
Plantei tâmaras
Escolhido foi aquele lugar
Não por beleza, riqueza
Quiçá por vantagens
Dali eu pode-se tirar
Era apenas agradável
Ao meu olhar
Trazia me paz
Via ali um futuro
Que tudo de bom ali havia de plantar
Arei à terra debaixo daquele sol
Que não tinha dó de mim
Com muito carinho cada torrãonzinho
daquele pobre solo
Foi tratado assim por mim
Mas bem molhada, fertilizada
Ignorava à pobreza dali
Pois diante dos meus olhos
Naquela terra seca tudo daria ali
O meu amor estava ali
Era com grande paixão
Que cuidava daquele chão
Pra mim muito mais que devoção
Pra todos era deserto
Coisa sem valor
Esse chão todos já ignorou
Eu com à mão no arado
Às sementes jogava aos punhados
De cova em cova plantava
Um futuro promissor
Ouvir um grito estridente
Olha às suas sementes
Tem noção do que plantou?
Lógico que sei !
São tâmaras meu senhor
Tu és um demente !
Não tem juizo !
Quem planta tâmaras jamais
Às colhem noventa anos
Leva pra ver o fruto que plantou
Meu coração sorriu na hora
Alegre ficou ! Dei mais uma risada
Feliz estava plantei tâmaras
Em terra árida aos teus olhos
Todavia aos meus plantei sentimentos
Os melhores que tive paixão, amor
Não importa o tempo
Ou quem colham que realmente
Importa que um dia !
Alguém segurará em suas mãos
E conteplará o fruto do meu amor!
Ricardo do Lago Matos