Talvez
Seja a madrugada que nos deixa assim.
Com essa ânsia de morte não morrida. Com esse sabor de comida não comida.
Talvez,
Sejam os monstros atrás de nós,
Talvez,
Seja a vida nos mostrando algo importante.
Ou sem relevância alguma.
Talvez,
Seja apenas um talvez,
Ou uma interrogação sem tamanho.
Talvez,
São tantos talvez.
Mas acima desse “Talvez” existe algo indecifrável.
Um brilho ou seja lá o que for.
Um amor.
Ou uma dor.
Talvez,
Deveríamos esforçarmos mais para ficar bem.
Talvez,
A culpa não seja nossa, mas tenhamos participação nisso.
Talvez,
Seja apenas isso.
Mas talvez não seja.
Essa é a beleza do “talvez”
Ele é como as reticências.
Sempre deixa algo oculto. Sempre.