O suficiente de tudo
E o tempo vai passando, dia pós dia, ano pós ano
E vamos vivendo essa vida na medida exata
Esse extremo suficiente de tudo
O tempo suficiente para o trabalho
E quem sabe, talvez, uma média noite de sono
O sono suficiente para um pouco de descanso
O descanso suficiente para manter o equilibrio
O equilibrio suficiente para não enlouquecer
De todos os lados uma regra social
Para punir nossa subversiva liberdade
Uma imposição cultural que nos limita
Ao exercício minimo de nós mesmos
Dicotomia, bom ou mal, claro ou escuro
Ou, ou , ou, nunca escolha, sempre imposição
Que nos marca, que nos define
Todos iguais, tijolos da mesma parede
Mãos e braços da mesma construção
Proibidos de pensar
Esquecidos do sonhar
Cúmplices dessa mediocracia
Que conta sempre a mesma história...