Será o passar do vento?
Quantos estalos e você continua quieto...
Calado não se faz o verso em teu peito,
Nem a voz que me enrubesce, sem jeito;
Fico, sem jeito me ajeito aqui nesse leito.
Quantos estalos ou será o passar do vento?
Querendo me contar da tua falta de tempo,
De saudade vou fingindo não morrer, tento...
E no circular lento, poesia, saudade, tormento.
É o plastificar ou o teto abrigando a inspiração?
Que parece voar, tão certa, rumo ao teu coração,
Mesmo que na espera fique a alma, e a solidão...
Adentre olhar, e escorra em palavras, pelas mãos.