O tempo utilitário
O tempo está passando.
Ele está levando você ou você está usando-o?
Faz dele dispositivo de manobra acionado no espaço apropriado em se fazer presente?
Recusa a lhe conferir o status de oportunidade do agora, acessorando-o ao bel-prazer?
Escraviza-o a trabalhar no efeito desejado?
Manipula-o por tratá-lo como sempre disponível?
O tempo é o mesmo meu querido.
E de todos.
O tempo da demora pode ser o tempo da escolha.
O tempo da insatisfação pode ser o tempo da realização.
O tempo da desfaçatez pode ser o tempo da observação.
O tempo do acaso pode ser o tempo destinado.
No tempo cabe o nós.
Que não está destrelado em eu ou tu.
Teu tempo pode ser o meu tempo.
Mas, também pode não ser.
E o nós onde estará?
No presente.
Ou perdido no descompasso voluntário.