AH! SER HUMANO!
Ah! Ser humano, que gosta de se enganar,
Adora filosofar movido a besteirol
E ainda se gaba de tal façanha,
E se assanha por ser o tal.
Lê as orelhas de certo escritor
E já se sente o intelectual,
Arrotando uma supremacia anárquica
E se autocolocando acima do bem e do mal.
É vazio de aprofundamento,
São insípidos seus pensamentos
E míope a sua sabedoria.
Vê o simples com certo deboche,
Mas é apenas um descartável broche,
No vestuário de um mundo em agonia.