Metafonia
Descrevo-me em um manifesto,
vejo-me e transbordo meu pesar.
Transporto minhas frustrações na fluidez sanguínea,
meu barco se move ao soprar da vela,
apago-a comemorando mais um ano de morte,
assim pratico meu festejar!
A mar que me faça enjoar de terra, e a terra que me faça amar o mar...
A rítmica, a dança a herança da musica ao corpo,
o gosto do gostar, e outra vez o pesar!
O peso de não ser metade do que desejo, por medo de não ser amado.
Amargo doce do viver o doce amargo do pensar!
A oração antes do sono e a falta do sono após orar.
Acordo após o acordo entre o sonho e o real, fingindo ser pra ter,
e tendo vejo que não preciso!
E sem precisão outra vez eu erro o alvo!