A Metáfora da Imaginação.

São insignificantes.

Ele ou ela.

Não o refiro muito menos a ela.

Uma metáfora.

Apenas uma placa colada em um poste.

Você não imagina de quem estou falando.

Não tem como imaginar.

É melhor não pensar.

Se refletir vai entender errado.

Entretanto, carrega cimento e areia.

Todavia, não sabe sequer misturá-los.

Uma sombra de carga.

Um poste que representa uma coletividade.

Seu letreiro é essencialmente aparência.

Procura falar com elegância.

Porém, desarmonizada.

Ou desarmonizado.

Mundo cheio de trilhos.

Curvas intermináveis.

Com placas em postes em cima de uma montanha.

Lá em baixo os contempladores.

O letreiro escrito em grego.

Refletindo o mundo helênico.

A caverna platônica.

O mito cartesiano.

O que devo dizer a filosofia schopenhaueriana.

O mundo inventado.

Alheio aos vossos sonhos.

Entretanto, é um poste.

Uma figuração assombrosa.

Que escolha esquisita.

Quais foram os fundamentos.

Não refiro ao poder institucional.

Não pensei sequer em democracia.

Porém, existe uma árvore tombada.

Que não foi cortada.

No entanto, caída, obstruído o caminho.

Tudo que sei até o presente.

Que não existem outras montanhas.

Novos trilhos não poderão ser construídos.

La no alto tem um letreiro.

Sem inscrição.

Qual então é a direção.

Se a elegância não sabe misturar cimento com areia.

Com efeito, o palácio não será construído.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 27/01/2017
Reeditado em 27/01/2017
Código do texto: T5894269
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