A POESIA RASGA O PAPEL
E SINGRA AO INFINITO
O poeta para, pega a caneta,
o papel, pensa, medita e se
inspira...
a inspiração pode ser forte,
leve, suave, avassaladora,
devastadora ou delicada...
a alma pode estar tranquila,
inquieta, perturbada, calma,
alucinada ou em chagas...
o verso pode brotar maduro,
verde, podre, azedo, doce,
iluminado ou sombrio...
o coração pode estar livre,
leve, solto, amargo, triste,
sorrindo ou sangrando...
com tudo e por tudo, do jeito
que a vida é, a poesia rasga
o papel e singra ao infinito...