O Canibal

Agora é viver procurando algum prazer

Não conseguindo se conter

Sentindo se preencher com algo bom

Em bom e tom som

Claro como o dia ensolarado

Cobiçando a carne e aquelas outras partes

Buscando aquela tal "cara metade" ausente

Fome de gente.

Loucamente desejando sentir calor

Aquele que somente outro ser humano pode propor

Almejando se sentir novamente incomum

Sentir que existe aquela luz no fim do arco-íris

Aceitando quaisquer convites

Aproveitar estando com apenas vinte

Procurando algo que combine

E nisso, de gradiente o céu todo ele pinte

Bem-vindo, você que nasceu no século XX

Enquanto a beleza da natureza esplêndida invade

E já não sinta mais aquela antiga saudade

Felicidade misturada com um pouco de maldade

Trazendo junto a sensualidade mais tarde

Na noite é onde o preludio da madrugada inicia

E para alguns, somente as cinco da manhã que termina

Euforia, gritaria, alegria e auto-estima até o fim do dia

O desejo carnal para livrai-vos do mal

Canibal, saciando sua fome animal.

Furiosamente caçando a presa

Outras que possuem ou não beleza

Matando a vontade

E no fim, torna-se visível a ferocidade.

A rua tornou-se um grande desfile

E na passarela, somente criaturas belas

Não importa se são honestas

Somente participarão as que possuem estilo

E é no inverno mais frio que acontece aquilo

O desejo pelo outro indivíduo

Assim começa esse convívio

Assim como o trecho do rio

E no fim do dia sinta-se um arrepio

Por ter descobrido um outro ritmo

Antes desconhecido, hoje vivido

O canibal aproveita o prazer obtido

Ao anoitecer ele se deita, esperando o Sol nascer

E para que mais uma caçada possa acontecer

A frase mais ilusória que ele irá usar

"Eu amo você, pode acreditar".