Poema entre verbos

Eu, e o meus verbos

“ Quem sabe faz ao vivo

Não espera acontecer”

Sair

por aí com o vento na cara

Ser

paz, sem medo de perdê-la

Amar

conjugado no presente

Sofrer

sem medo do sofrimento

Pisar

em qualquer torrão

conhecer meu chão.

Viajar

sem mágoa; esconderijo do ontem

Caminhar

nem ao Arroio, ou Chuí

em mim

Sorrir

em consonância com a alma

Espalhar

o vírus, hospedeiro da alegria

Sentir

o agora e não o que desejaria

Libertar

dos desejos que me aprisionam

Ir

com o vento na cara

nos caminhos sob a pele.

Olynda Bassan

olyndabassan
Enviado por olyndabassan em 15/01/2017
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