Poema entre verbos
Eu, e o meus verbos
“ Quem sabe faz ao vivo
Não espera acontecer”
Sair
por aí com o vento na cara
Ser
paz, sem medo de perdê-la
Amar
conjugado no presente
Sofrer
sem medo do sofrimento
Pisar
em qualquer torrão
conhecer meu chão.
Viajar
sem mágoa; esconderijo do ontem
Caminhar
nem ao Arroio, ou Chuí
em mim
Sorrir
em consonância com a alma
Espalhar
o vírus, hospedeiro da alegria
Sentir
o agora e não o que desejaria
Libertar
dos desejos que me aprisionam
Ir
com o vento na cara
nos caminhos sob a pele.
Olynda Bassan