Perdoe-me

Perdoem-me pela inatividade constante

Mas a vida passa num instante

E nem tudo é só alegria

As vezes sinto agonia.

Tal agonia que transcrevo em nostalgia.

Perdoe-me pelo descaso,

Mas sinto tanto cansaço que da cama só me levanto

Por espanto de um sono mal dormido.

Perdoe-me pelo personagem,

Mas a sociedade nada mais é que imagem,

Não importa se verdade

O que importa é imagem.

Perdoe-me pelas lágrimas

E pela falta delas também.

Mas minhas lágrimas se choram para dentro

E as lágrimas de fora não saem.

Perdoe-me pelo caminhar,

Mas eu prometo, meu caminho não é tortuoso.

E meus pés estão no chão.

Perdoe-me por perder a mim mesmo no borrão das estrelas,

Mas continuo dentro de mim e minha liberdade sou eu mesmo.

Muito eu mudei, mas para trás eu não voltei.

Perdoe-me por tanto pedir perdão

Mas quando abdicamos a nós mesmo nada mais resta que a decepção,

Porém de mim não abri mão, não pense que estou no chão.

Minhas asas tem penas que voam levam aos quatro cantos da Terra.

Perdoe-me, mas não posso mais pedir perdão.

Perdoe-me, mas não estou no chão.

Perdoe-me, pois essa é minha inspiração.

Perdoe-me, nesta e na próxima estação.

Perdoe-me enquanto ainda é verão.

Perdoe-me!

David Alex
Enviado por David Alex em 10/01/2017
Reeditado em 10/01/2017
Código do texto: T5877919
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