Há um elefante na sala de estar.
Há um elefante na sala de estar.
Monstruoso.
Raivoso e delírico.
Tem como objetivo eliminar outros elefantes.
Menores.
Cara de rinoceronte.
Esse elefante bufa como se fosse bode.
Com dois chifres enormes.
Para assassinar tigres.
Quer ser o dono da selva de pedras.
Quando movimenta na sala.
O elefante afunda o piso.
Destrói o prédio.
Um elefante velho.
Talvez seja a esperança.
Entretanto, ainda é reprodutivo.
A maldição de um mundo irracional.
O elefante, quando sai ao tempo.
A rua desaparece.
Transforma em buracos.
O elefante é problemático.
Até mesmo os aviões caem.
Os trovões do céu produzem raios sobre casas.
Que protegem cordeiros.
Tremem as barras de ferro que sustentam as estruturas residências.
Há um elefante.
Entortando os postes.
Provocando incêndios.
Um elefante obeso.
Tem as pernas tortas.
Quando anda quebra as pontes.
Quando abre a boca tem aparência indescritível.
Há um elefante na sala.
Ele é o perigo do mundo.
De uma civilização que não sabe entender a vida dos elefantes.
Edjar Dias de Vasconcelos.