LÁZARO

Em algum momento

Num lapso perdido do tempo,

Relembrei aquele passado

Já há muito ultrapassado,

Com uma pá, cavei um buraco,

E acreditei estar morto e enterrado.

Mas, como Lázaro, foi ressuscitado...

E todos os momentos felizes

E também os momentos tristes

Foram pormenorizadamente revividos.

Eis agora meu castigo.

Não o deixei descansar em paz,

Isso que dá ressuscitar sentimento que jaz.

Estava eu, num momento tão tranquilo;

Vivendo em paz e sorrindo,

E agora, mais uma vez perdido

No fundo de um labirinto

Feito de saudade e sentimentos.

Os mesmos que novamente me consomem por dentro;

Causados pelas mãos daquela

Mulher tão incrivelmente bela

E que conseguira, decerto,

A levar-me do céu ao inferno.

Poeta imaginário
Enviado por Poeta imaginário em 09/01/2017
Código do texto: T5876872
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