Efêmero monólogo íntimo entre as nuvens post crepuscularem
Luzes sob o estar
físico, [hic et nunc]
Gritando labirintos de vida
Acima a luz primacial
Deleite a olhos duvidosos e apaixonados e lamuriosos e anistiados
Que tímida conclama sua existência
Preconiza a peremptoriedade do Ser
E compadece dos atos inocentes
a que muitos dedos apontaram com fria objurgatória orgânica
A luz inebriada e crepitante
ao horizonte propínqua
Intermitente como o doce sibilar
Rubro da célula revolucionária
A luz censurada que
(Sob algemas e tortura
Arremessada sem condolências aos confins do marasmo e do dever e da ausência)
Resiliente
Insiste em se alçar ao incerto
E extravasa pelos poros da alma