Efêmero monólogo íntimo entre as nuvens post crepuscularem

Luzes sob o estar

físico, [hic et nunc]

Gritando labirintos de vida

Acima a luz primacial

Deleite a olhos duvidosos e apaixonados e lamuriosos e anistiados

Que tímida conclama sua existência

Preconiza a peremptoriedade do Ser

E compadece dos atos inocentes

a que muitos dedos apontaram com fria objurgatória orgânica

A luz inebriada e crepitante

ao horizonte propínqua

Intermitente como o doce sibilar

Rubro da célula revolucionária

A luz censurada que

(Sob algemas e tortura

Arremessada sem condolências aos confins do marasmo e do dever e da ausência)

Resiliente

Insiste em se alçar ao incerto

E extravasa pelos poros da alma

Nicolle Ramponi
Enviado por Nicolle Ramponi em 07/01/2017
Reeditado em 07/01/2017
Código do texto: T5874456
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