EU
eu que antes era mesmo assim:
uma alma que curtia bebericar;
que vivia como nômade de bar;
que no carnaval era um arlequim.
eu que já vivi antes desse jeito:
que fumava e bebia como vício;
que me aprazia com o malefício;
não tinha o vício como defeito.
eu que agora sou alma do bem:
sei o que é a vida útil no além;
sei que amar é gostar de servir;
no pleno amor do meu evoluir.
eu que hoje exercito a virtude:
ainda como uma alma inferior;
mas o melhor rumo é o do amor;
ó quem se edifica e não se ilude!
Escritor Adilson Fontoura
e-mail: aafontoura@hotmail.com.br