NÃO CREIO EM NADA
Solto como ventania,
Espalhando como fogo em palha,
Essa agulha de veneno quente,
Fura gente desatenta e desavisada,
Descartam perolas nos lixos,
Trocam ouro por taças furadas,
Futilidades em fotografias,
E a compaixão fora esvaziada.
Não me diga nada,
Não diga que ama,
São apenas zombarias,
Palavras rasas, inverdades,
Não me estenda à mão,
Se não for segura-la,
Este mal é teu ato natural,
Como instinto em animal.
Talvez não precise muito além de habilidades,
Quando estar disposto basta para se valer.
Como o mar recolhe as conchas,
Não se pode pensar ao contrário,
Se a fala for insustentável,
É sábio aquele que se cala.
Eu não creio em nada,
Não conheço falsos amores,
São tão claras zombarias,
Palavras rasas, inverdades,
Ilusão a mão que está estendida,
E não sabe segurar,
Machucar não é natural,
Atitude tola e irracional.
Talvez não precise muito além de habilidades,
Quando estar disposto basta para se valer.