A história da inexistência de deus.

Não existe deus, céu, inferno e alma.

Não existe nem mesmo a cognição apesar da linguagem.

Não há Estado de Direito.

Muito menos cidadania.

Tudo que existe é a ilusão transformada em verdade.

Cuja etimologia determina-se como se fosse civilização.

Pergunto o que é o tempo.

Conceito inexistente.

A não ser a ideologia de sua geometrização no espaço.

Algo cuja realidade é permanente.

Com efeito, não existe o passado, do mesmo modo o futuro.

Tudo que é possível apenas o presente.

A evolução acontece simultaneamente a ela mesma.

Então, pergunto o que somos.

A não ser a revolução do primeiro átomo.

Cuja existência resultou do vazio.

Solto ao infinito.

Produto da antimatéria.

O vácuo, frio e escuro, a anti energia.

O primeiro elemento químico o gelo.

Trilhões e trilhões de toneladas pelo infinito afora.

Os átomos quânticos iniciais.

Evoluções químicas intermináveis.

Na formatação dos universos paralelos imponderáveis.

Quem somos nós, partículas iniciais da mecanicidade descrita.

Os sapiens o eterno repetir de si mesmos.

Retorno interminável, cuja finalidade é a continuidade da dor.

Partícula a partícula.

Até o esgotamento do infinito.

Quando tudo isso acabará.

Pelo esgotamento da energia do hidrogênio.

Fótons queimados.

Até o aparecimento da imensa escuridão.

Tudo que prevalecerá a temperatura negativa.

Elevada ao mais alto grau.

Desse modo, o infinito previverá novamente de gelo.

Novas revoluções químicas.

Como sempre fora interminavelmente.

Ressurgindo outra vez o cosmo.

Com seus múltiplos universos.

Galáxias incontáveis.

E o que foi o sapiens em sua breve existência.

Nem mesmo o resquício de uma intuição.

Para poder imaginar o que fora a sombra dos sonhos.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 03/01/2017
Reeditado em 03/01/2017
Código do texto: T5871165
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