Escrevem as paredes
Narram cenas
Contabilizam sentimentos...
E a prateleira equilibra fotografias
Onde as vezes nem me reconheço
Há um olhar espúrio
Mirando-me por entre os quadros
que por serem pictóricos
escorrem agonias
sentidas e pinceladas.
Print screen emocional
Escrevem as paredes
Em rimas poéticas e dementes
Torneiam crenças barrocas
Tristes, na busca de alguma
esperança...
ou desconfiança...
Escrevem as paredes
Em contos sem romance
Ficam de prontidão
Assistem a tudo
Retas e de pé...
Como testemunhas mudas
Como fiéis escudeiros
Perto, presente
e absolutamente leal.
Nas paredes encontro
marcas, símbolos
e sombras da luz
de meus pensamentos...
Tantos os sombrios
como os alegres.
Há registros em quadros,
retratos
Quadros de aviso...
Sinais e vestígios...
Nas paredes
há um carbono secreto
A nos desenhar no contexto
A nos contornar delicadamente
com pontilhados...
No final do cômodo...
Já perto da janela...
Os pontilhados prosseguem
num horizonte enigmático
que aguarda por amanhecer
Narram cenas
Contabilizam sentimentos...
E a prateleira equilibra fotografias
Onde as vezes nem me reconheço
Há um olhar espúrio
Mirando-me por entre os quadros
que por serem pictóricos
escorrem agonias
sentidas e pinceladas.
Print screen emocional
Escrevem as paredes
Em rimas poéticas e dementes
Torneiam crenças barrocas
Tristes, na busca de alguma
esperança...
ou desconfiança...
Escrevem as paredes
Em contos sem romance
Ficam de prontidão
Assistem a tudo
Retas e de pé...
Como testemunhas mudas
Como fiéis escudeiros
Perto, presente
e absolutamente leal.
Nas paredes encontro
marcas, símbolos
e sombras da luz
de meus pensamentos...
Tantos os sombrios
como os alegres.
Há registros em quadros,
retratos
Quadros de aviso...
Sinais e vestígios...
Nas paredes
há um carbono secreto
A nos desenhar no contexto
A nos contornar delicadamente
com pontilhados...
No final do cômodo...
Já perto da janela...
Os pontilhados prosseguem
num horizonte enigmático
que aguarda por amanhecer