Retiro
Momentos de pura introspecção.
Um copo na pia, limpo da água que bebia
A vela acesa, a nostalgia...
O lápis na mão, versos... Mais versos!
Rodeios, rodeios... Não preciso do escape... E falo.
Eu, que calei por tantos dias, enquanto os dias me delatavam aos sóis de dezembro...
Impiedosos são os dias... Às vezes
Sem espada na mão, sem razão
Sem o fogo queimando, sem o precipício e o jogo das cartas nuas sobre a mesa... Pro olhar que desconfia.
Trago a fera que morde as frestas das portas, me sobreponho às palavras que entorpecem os ouvidos
Água morna no terço
A oração que espanta a solidão do meu barco em nalfrágio
E vejo o garimpeiro roubando os diamantes que eram meus, sem saber quão valorosos são.