NA SARJETA I NO PALÁCIO
E vendo-te, Inês, eu te fitava,
Voavas como a doce borboleta,
O meu olhar, Inês, te acompanhava...
E voavas, voavas na sarjeta...
Eras a Inês,
Inês apenas não; era o amor.
Voavas Inês... Inês sobre os jardins,
Um lindo lepidóptero na flor.
A rua, Inês, é o nosso camarim...
E a gente aqui convive com o amor...
Esse nos palácios fala e mim;
Também lá nos palácios vive a dor...
O amor não tem começo, não tem fim...
Apenas é o amor, às vezes dor,
E a dor lá no palácio tão ruim
É a mesma no peito sofredor.