NA SARJETA I NO PALÁCIO

E vendo-te, Inês, eu te fitava,

Voavas como a doce borboleta,

O meu olhar, Inês, te acompanhava...

E voavas, voavas na sarjeta...

Eras a Inês,

Inês apenas não; era o amor.

Voavas Inês... Inês sobre os jardins,

Um lindo lepidóptero na flor.

A rua, Inês, é o nosso camarim...

E a gente aqui convive com o amor...

Esse nos palácios fala e mim;

Também lá nos palácios vive a dor...

O amor não tem começo, não tem fim...

Apenas é o amor, às vezes dor,

E a dor lá no palácio tão ruim

É a mesma no peito sofredor.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 30/12/2016
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