EXILIO
"
Já era quase dia,
E eu não havia pregado os olhos.
Na solidão do meu quarto,
Olhava o teto vazio.
Pensamento ia longe,
me concetrava feito um monge
na sua oração, imaginando bobagens,
sem nexo algum.
Retorcia pelos lados, um ao outro
Na esperança de me achar,
em algum lugar,
dentro do meu cognitivo.
Por vários motivos, me privei do mundo lá fora.
Só divagava pela hora de ir,
mesmo sabendo que estava ali
o tempo todo.
No quarto,
Solitário,
Exilado,
A penúria,
Da minha própria culpa
não enfrentando o mundo
Que existia.
Havia me esquecido
totalmente.
Que lá fora tinha gente.
Normal, racional.
Nas suas "individualidades",
assim como eu.
Depois de tudo isso,
o sol apareceu.
Foi quando resolvi sair, ver
a beleza que perdia,
que um dia quando fosse embora do mundo, do céu olharia arrependido,
de não ter vivido ...
O momento que tive
minha história, aqui.."