MUNDO AS VOLTAS

MUNDO ÀS VOLTAS.

Semente germinada a fogo.

Evaporação das almas

Riscos digitais, sobre naturais.

Poluem a ventania.

Tocam minhas feridas

As mãos do Deus das vontades

E a covardia dos homens.

Diga onde está teu pote.

Com o ouro das esperanças

Outro tempo não virá.

Sempre fechados seus olhos choram

Pelo verde, pela água, pela terra dividida.

Pela criança perdida.

Qual a cor dos teus cristais.

Qual a dor que te atormenta.

O que diz o teu Horóscopo.

A que horas partirás.

Pra que possas medir o tempo

E recuperar Teus sonhos.

Ninguém reparou o mundo

Mundano, mudando.

Esqueci a cor dos teus cabelos.

O formato dos teus pés.

A forma como sonhavas,

Esse não é o final.

Chorando sobre cinzas.

Pra sempre sobre as mudanças.

Muda o mundo lá fora,

Muda o modo de pensar

Não mudam os homens, que constroem mitos.

E explodem bombas.

Criam seus vícios.

Morrem cedo.

Jogam fora

A boa idade.

Tolos viajantes,

Dentro de grades douradas

De cidades proibidas.

Mas agora enxergo

Com outros olhos.

Sonho com outros pecados.

Luto em outra fronteira.

Caminho por outro vale,

Desfruto de outros males,

Outros animais me enfrentam.

Quero desenterrar os monstros

Plantados sob meus pés

Que à noite me atormentam.

Deformados pedestres.

Deformados terrestres.

Interminável força.

Luta com luto.

Luto em luta.

Casa pronta.

Rota de bala perdida,

Escola proibida,

Luto em luta.

E o meu corpo calado,

Fingindo está derrotado

Buscando o teu.

Um beijo dado ao passado

Outro entregue ao presente

Num mar de boa vontade.

Guedes.

Geraldo Guedes Cardoso
Enviado por Geraldo Guedes Cardoso em 21/12/2016
Código do texto: T5859807
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