A cognição de uma ilusão.
Senti o olhar solitário, entre os anos que passaram.
As nuvens perdidas em uma tempestade ao campo aberto.
Como se alguns grãos de areias fossem a redenção.
Vi o povo desesperadamente com o terço em mãos.
Na esperança em que a ave fosse poderosa.
Posteriormente, na ideologia partidária.
Sei o quanto tudo isso não significa nada.
Foram anos e anos.
As florestas perderam seus caules.
Os rios secaram com tanta chuva.
O tempo sempre presente vangloriou seu futuro.
Teria que contar um segredo.
Entretanto, os olhos encheram de lagrimas.
O sentimento, tardio.
O último dos fatos.
Era quase bebe.
O dia estava quente, todavia, muito belo.
Com uma pedra em uma das mãos, olhava a distância as castanhas.
O tinido de um barulho quase silencioso.
Era a despedida.
Os anos se foram, entretanto, na memória a recordação.
O significado mais profundo da cognição.
O que teria que dizer a história.
Entretanto, a mesma nunca existiu.
Recordo daquele tempo em que as estrelas estavam próximas a terra.
O infinito brilhando e o universo metaforizava hidrogênio.
Tudo era exuberantemente mimético.
As noites se repetiam.
Novas madrugadas vislumbravam ao encantamento.
Como se o céu fosse produto das almas.
Recordo tão somente desse instante.
Edjar Dias de Vasconcelos.