FASSADE

Para onde ir

Quando as luzes morrem

E gentis pecados renascem,

Sob os auspícios da quista Educação?

Para onde olhar

Quando a fumaça da conformidade

Cega-nos o tato,

Emudecendo a Razão?

D’onde inalaremos o ar,

Quando nossos comodistas pulmões

Acreditarem

Que outrem os inflará?

Sabores finalmente sentiremos

Quando nosso viciado paladar

Descobrir a ardente volúpia

De outras línguas.

Miríade de ilusões voluntariamente

Cortejadas, eventualmente odiadas,

Mas sempre perseguidas

Pelos que têm na conquista do Amor,

Razão primeira de suas manhãs.

Para quê ?

Para quem?

Para quando,

A máscara cair?

Gustavo Marinho
Enviado por Gustavo Marinho em 18/12/2016
Código do texto: T5856709
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