FASSADE
Para onde ir
Quando as luzes morrem
E gentis pecados renascem,
Sob os auspícios da quista Educação?
Para onde olhar
Quando a fumaça da conformidade
Cega-nos o tato,
Emudecendo a Razão?
D’onde inalaremos o ar,
Quando nossos comodistas pulmões
Acreditarem
Que outrem os inflará?
Sabores finalmente sentiremos
Quando nosso viciado paladar
Descobrir a ardente volúpia
De outras línguas.
Miríade de ilusões voluntariamente
Cortejadas, eventualmente odiadas,
Mas sempre perseguidas
Pelos que têm na conquista do Amor,
Razão primeira de suas manhãs.
Para quê ?
Para quem?
Para quando,
A máscara cair?