Um sonho ao meio de uma tempestade perdido na floresta.
Acabou não teve inicio.
Uma tempestade terrível, raios caindo.
Soçobrando a ilha.
Como se fosse um rei as montoeiras.
Uma doença incurável escondendo a radiografia.
Como se não tivesse nada.
Um trem desgrilhoado antes da linha.
Sonega a única imagem que poderia ter.
Vendido, inventa o inferno maldito como céu.
Como se o diabo fosse deus.
A culpa é deles, uma destinação de velhinhos.
Entretanto, tudo que fora realizado, antes combinado.
Usando de uma coletividade de imbecis.
Josés, Barnabés e Raimundos.
Os caçadores.
Tremularam bandeiras e embornais.
Em um musical batido aos sons das janelas.
Empresa de fantoches.
De pardos, amarelos e azuis.
Uma tempestade de água.
Tentaram abrir os guardas chuvas.
Entretanto, os raios atingiram seus pés.
Todavia, os manés começaram entender.
Que o rei está ensopado.
Não tinha sangue azul.
Falsa nobreza.
O primeiro momento do renascimento tardio.
Porém, muito distante do iluminismo.
Simplesmente imposição.
O rei de Castela.
Quando comia rotava a sobremesa do vizinho.
Com o olhar desconfiado de um coelho.
O prato preferido das águias mortais.
Portugal, Portugal, o que fizestes.
Poderá até sobreviver, todavia um inútil no paraíso.
Celebrará o rito, mistificado em passos fugitivos.
Somente um coxo desorientado desesperadamente perdido.
O reino de Bonaparte.
Rejeitado.
Um zumbi sobre a copa das árvores.
Em plena floresta.
Sendo um cordeiro fingindo de lobo.
Porém, as onças pintadas sabem que é um animal manco.
Só não matam, pois precisam da sua imagem.
Objetivado pelos adversários da caça.
Edjar Dias de Vasconcelos