Metáforas do destino.

Bate o pé, bate o pé, bate o pé.

Se bater, se bater, se bater.

Produzirá o som da nova sinfonia.

A noite antes de o universo ficar amarelo.

Se o pé bater, o mundo ficará enfeitado.

Bate o pé, bate o pé, bate o pé.

A nova música tocará no solo desértico.

Coitado do outro.

Desconhecia a técnica da musicalidade.

Motivo pelo qual não pode desfilar na escola de samba.

Bate o pé, bate o pé, bate o pé.

Formarão no infinito grandes tempestades.

Os trovões difundirão sobre áreas frutíferas.

Descerão dos céus coletividades de raios.

Cairão sobre vossos pés.

Sóis e estrelas.

Bate o pé.

Só bater.

Destruirão vossas cabeças.

O universo ficará escuro.

Entretanto, a terra cheia de fogo.

A morte terrível destinada a todos.

Bate o pé, bate o pé, bate o pé.

O final da ilha colorida.

A vida será eliminada.

O grande perigo de bater o pé.

Então avise os habitantes da ilha.

Que o ar está todo azul.

Lá em cima sopra um vento sussurrado.

A eternidade do terramoto interminável.

Bate o pé, bate o pé, bate o pé.

A exportação de bananas.

Produção de pepinos.

Um mundo de josés, de Raimundos e barnabés.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 08/12/2016
Reeditado em 09/12/2016
Código do texto: T5847444
Classificação de conteúdo: seguro