Metáforas do destino.
Bate o pé, bate o pé, bate o pé.
Se bater, se bater, se bater.
Produzirá o som da nova sinfonia.
A noite antes de o universo ficar amarelo.
Se o pé bater, o mundo ficará enfeitado.
Bate o pé, bate o pé, bate o pé.
A nova música tocará no solo desértico.
Coitado do outro.
Desconhecia a técnica da musicalidade.
Motivo pelo qual não pode desfilar na escola de samba.
Bate o pé, bate o pé, bate o pé.
Formarão no infinito grandes tempestades.
Os trovões difundirão sobre áreas frutíferas.
Descerão dos céus coletividades de raios.
Cairão sobre vossos pés.
Sóis e estrelas.
Bate o pé.
Só bater.
Destruirão vossas cabeças.
O universo ficará escuro.
Entretanto, a terra cheia de fogo.
A morte terrível destinada a todos.
Bate o pé, bate o pé, bate o pé.
O final da ilha colorida.
A vida será eliminada.
O grande perigo de bater o pé.
Então avise os habitantes da ilha.
Que o ar está todo azul.
Lá em cima sopra um vento sussurrado.
A eternidade do terramoto interminável.
Bate o pé, bate o pé, bate o pé.
A exportação de bananas.
Produção de pepinos.
Um mundo de josés, de Raimundos e barnabés.
Edjar Dias de Vasconcelos.