O DESPERTAR ESPIRITUAL

Durante as noites de assombrosa solidão

Sinto uma doce e sussurrante ventania

A sussurrar doces mistérios

Que adentram na minha alma

Cuja sonoridade é capaz

De gerar fascínio e melancolia,

Uma sonoridade que propaga

Uma atmosfera envolta

Pelas densas brumas das incógnitas.

O mundo é um mistério

Povoado de ilusões

E absolutos com máscaras de verdade;

Mas tão logo pude despertar

Para a minha realidade íntima,

Fui imediata e bruscamente

Tomado pelas armadilhas do nada!

Nesse vazio súbito,

Senti uma inexorável solidão

Que me deixou suspenso em sua vastidão;

E, assim, fiquei desamparado nas aflições.

Porém, ao mesmo tempo, fique forte

Para viver milagrosamente

Na proximidade de um novo despertar...

No ritmo da vida,

Em dinâmica e fluida sinfonia,

Consumi meus breves instantes

Na brasa de uma inquietação permanente

Que incendiou no âmago do meu ser...

Ao mesmo tempo sorri e lamentei

Exaustivamente pela fatalidade

Que amargamente saboreei num clarear

Horrendo de um dia quase sem esperanças.

Apesar desse abismo

Dilatado aos meus olhos, lutei;

Uma luta em prol de possibilidades

Que me trouxessem

Um oásis confortável e aconchegante

Em meio ao deserto inóspito da vida.

São possibilidades que sem demora

Foram possíveis de serem vislumbradas num belo dia,

Num dia convidativo à serenidade...

Pois a cada dia que passa

Busco um consolo para minha alma:

Ávida de enigmática revelação

Sobre o sentido de ser e de viver!

E o consolo se torna real e sincero

Quando há o despertar de uma força sincera,

Uma força que me impele a um fervor incomensurável

Que resplandecer os recintos

Mais profundos e escuros do meu ser,

Contribuindo para um renovo espiritual...

Ao ser dotado de uma luz interior,

Mantenho-me sempre na certeza íntima

Das boas novas, dos sinais e de tantos milagres

Em meio a um mundo em trágica caotização.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 06/12/2016
Reeditado em 30/03/2019
Código do texto: T5845187
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